Entenda de uma vez por todas o que significa o termo tão usado pelos filmmakers
Se você trabalha com produção audiovisual, certamente já ouviu falar do termo “B-Roll”. Utilizado de maneira correta ou não, esse termo, que não é só uma técnica de filmagem, tomou grandes proporções devido à ascensão de filmmakers famosíssimos no Youtube como Daniel Schiffer e Peter Mckinnon, em meados de 2018 e 2019. Mas será que o B-Roll citado e por eles é de fato um B-Roll? Antes de responder a essa pergunta, é preciso voltarmos alguns anos no tempo, mais precisamente para a época das películas.
Na década de 1960, o B-Roll já era utilizado em grandes produções de Cinema. Existia o Rolo-A, onde eram gravados os planos principais, como as ações dos personagens, por exemplo, e o Rolo-B, onde seriam gravadas cenas alternativas, como uma paisagem ou um cachorro na rua, por exemplo, mas que também eram importantes para complementar aquela narrativa, ajudando a contar a história e servindo de auxílio para dar continuidade aos cortes de cena.
Sendo assim, podemos afirmar que os “vídeos b-roll”, tratados nos canais de Schiffer, McKinnon e todos os videomakers que aderiram a esse tipo de mercado (e eu me incluo nisso!), nada mais são do que vídeos mais curtos, onde não existe um plano principal e, por isso então a história é contada através de takes e planos alternativos, com mais detalhes, movimentos e slow motion. Geralmente, são utilizadas transições utilizando técnicas como a do Speed Ramp e não existem regras a serem seguidas, com exceção às do bom-senso e bom gosto.
Nesse vídeo que fiz para o meu canal no Youtube, falo um pouco mais sobre o assunto, além de mostrar, na prática, alguns exemplos do B-Roll sendo utilizado no cinema:
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